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"Tínhamos a terra e eles a bíblia. Ficamos com a bíblia deles, levaram a nossa terra" (um índio)
Salvo exceções, passou mais uma vez em branco o Dia do Índio. Que, a rigor, jamais recebeu a atenção apropriada. O que se vê por aí, no máximo, é a meninada do ensino fundamental pintando a cara, o bando do congresso fazendo proselitismo político e a turma do tuíter levantando hashtags. Na verdade, nunca se comemorou o Dia do Índio. O que se comemora, desde a criação da efeméride no governo Vargas, é muito mais a expressão de um civismo branco do que a memória, a cultura e o holocausto indígena. Comemora-se uma espécie de “Dia do Folclore do Índio”. Não o Dia do Índio. E o indígena genuíno, a vítima da História, o ator da própria cultura, o sujeito das vicissitudes do homem branco, capitalista e cristão, é negligenciado. Como de resto sempre foi. Aliás, e às vezes, por eles próprios. Assim, entre hidrelétricas, cinema e disputas de terras, o chamado Dia do Índio vai se esvanecendo, anacrônico, cada vez mais insignificante, absorvido e diluído na desimportância da cultura de massa... Enquanto o halloween e o valantine's day (do dia 14 de fevereiro) alcançam novos e fiéis adeptos tupiniquins a cada ano.
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