segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

Minconto de terror lisérgico

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Miniconto de Terror Lisérgico


Uma criança me parou na rua e me perguntou se eu acredito em Papai Noel.

Eram três e dezoito da madrugada e a criança carregava a própria cabeça debaixo do bracinho seco.

Congelei.

Derreti dois segundos e meio depois e respondi nem a pau, são Nicolau, que já passou o Natal!

A criança, coitadinha, tremeu o beicinho, fez carinha de choro – a cabeça dela que fez – e se dissolveu em fumacinha irracional.


Mais cedo, naquela noite, foi a primeira e a última vez que eu usei a substância.


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