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sexta-feira, 7 de maio de 2010

Ode ao Umbigo

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Tarde mansa de quinta, céu de um azul frio, dia morno – nem segunda, nem sexta...
Aí, saiu este poeminha:

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Ode ao Umbigo

Sou menino e sou amante
Sou poeta e passarinho
Se sou completo num instante,
No outro, eu sou sozinho

Posso ser dor ou prazer
Ser sonho ou realidade
Mas tudo o que eu posso ser
É a mentira... Ou a verdade?...

Sou pequeno ou sou gigante
Sou fácil ou complicação
Sou caminho e sou cantante
Às vezes eu sou canção

Sou todo feito de vida
Desta vida que se vai...
Sou a cura e a ferida
Sou filho, e também sou pai

Algumas vezes sou medo
Outras, eu sou a paz
Inconfidente e segredo
Sou o que o tempo me faz

Posso falar, ficar mudo
Chorar ou dar gargalhada
Pois se há dias que sou tudo
Hoje, eu sei que sou nada...
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4 comentários:

  1. Delícia de poeminha, Preto♥

    Amei!

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  2. Muito bem construídos os versos de seu texto, como já era de se esperar!

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  3. Olá, Nalva, bem-vinda aqui! E obrigado pela gentileza.

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