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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

De Washington Luís a Soninha Francine: um século de intolerância

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"O novo parque não pode ser adiado porque o que hoje ainda se vê, na adiantada capital do Estado, a separar brutalmente do centro comercial da cidade os seus populosos bairros industriais, é uma vasta superfície chagosa, mal cicatrizada em alguns pontos e ainda escalavrada, feia e suja, repugnante e perigosa, em quase toda a sua extensão (...). É aí que, protegida pela ausência de iluminação se reúne e dorme, à noite, a vasa da cidade, numa promiscuidade nojosa, composta de negros vagabundos, de negras emaciadas pela embriagues habitual, de uma mestiçagem viciosa, de restos inomináveis e vencidos de todas as nacionalidades, em todas as idades, todos perigosos (...). Tudo isso pode desaparecer sendo substituído por um parque seguro, saudável e belo. Denunciando o mal e indicado o remédio, não há lugar para hesitações, por que a isso se opõem a beleza, a higiene, a moral, a segurança, enfim, a civilização e o espírito de iniciativa de São Paulo.”

1914, Washington Luís (futuro presidente da República), prefeito de São Paulo, justificando a violenta expulsão da população pobre da Várzea do Carmo para a construção do parque D. Pedro, no centro da capital.



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"São criminosos tirando vantagem da situação, não gente comum defendendo sua terra."

2012, Soninha Francine, sabujo ideológico do serrismo, referindo-se no twitter aos moradores do Pinheirinho que se armaram de escudos e bastões para defender suas casas (em inglês, respondendo ao comentário do usuário @jimmygreer sobre esta fotografia do Folha.com).


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