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Escher, Waterfall, 1961 (clique para ampliar)
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Uma paradinha para refletir sobre o uso apequenado que se costuma fazer do conceito de ‘impossível’.
No dia a dia, e nos diversos domínios do relacionamento humano, fala-se ‘é impossível’ como a mesma desenvoltura que se diria ‘não devo’ ou ‘não quero’.
Naturalmente, há coisas que não convêm – ou porque são inadequadas, ou despropositadas, ou porque são, com efeito, inconvenientes mesmo; quase nunca ‘impossíveis’.
Há também aquelas trabalhosas, difíceis, que beiram o inexequível; chamá-las de ‘impossíveis’ costuma ser um exagero.
Ou, ainda, tomemos certos pudores, que convencem ser isso ou aquilo ‘impossível’ quando isso ou aquilo não passa de algo desaconselhável, ou imprudente – e mesmo assim a depender do sempre relativo referencial.
As muitas incapacidades e/ou limitações do sujeito costumam transformar predicados menos veementes numa coleção de ‘impossíveis’, e a falta de coragem costuma taxar de ‘impossível’ aquilo que se teme fazer.
Sim, há coisas impossíveis, mas muitas vezes o impossível é só aquilo que não se tem coragem de fazer...
...Sim, há coisas impossíveis, mas muitas vezes o impossível é só aquilo que não se tem coragem de fazer...
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(imagem)
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