terça-feira, 18 de maio de 2010

Faz de conta que...

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“A criação do mundo não terminou até que P’an Ku morreu. Somente sua morte pôde aperfeiçoar o Universo: de seu crânio surgiu a abóbada do firmamento, e de sua pele a terra sobre os campos; de seus ossos vieram as pedras, de seu sangue, os rios e os oceanos; de seu cabelo veio toda a vegetação. Sua respiração se transformou em vento, sua voz, em trovão; seu olho direito se transformou na Lua, seu olho esquerdo, no Sol. De sua saliva e suor veio a chuva. E dos vermes que cobriam seu corpo surgiu a humanidade.” (Mito chinês de P’an Ku, extraído de Marcelo Gleiser, A Dança do Universo; Cia das Letras, 2003)
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“No princípio criou Deus os céus e a terra. E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo (etc, etc...)” (Bíblia Sagrada, Gêneses, capítulo I - você pode, se quiser, ler a íntegra aqui)
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(Gosto mais do mito de P'an Ku. É mais espontâneo, menos prolixo, mais gracioso, mais razoável...)

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2 comentários:

Mariê disse...

"E dos vermes que cobriam seu corpo surgiu a humanidade.”
É... Pensando bem na humanidade, faz bastante sentido.

Marcello disse...

É a melhor parte.
Faz mais sentido que a história da costela.